sábado, 13 de dezembro de 2014

Faz cinco meses hoje que meu bebê foi levado... odeio palhaços cada dia mais... odeio máscaras que escondem a verdade... odeio ouvir meu coração batendo fraco... forte... fraco... forte... por que razão ele resiste? Por que razão insiste em continuar? Por que razão o ar continua a em mim entrar? Por que razão o sangue continua seu caminho em minhas veias secas a sangrar?

De costas pro mundo, rumo a um precipício... um labirinto sem saída... ruas tortas... no lugar do coração uma chaga.

Não mereço algo melhor?

Tive fé até poucos dias atrás... tive um fé tocável, palpável, sentível... que foi se esvaindo  pouco a pouco, lentamente.

O que é melhor, ter a fé cortada de um golpe só? Ou vê-la sumir qual vapor que sobe lentamente e se mistura às nuvens do céu?

Dor... tenho buscado palavras que não existem pra definir o que sinto... perdi a vontade de falar, perdi a vontade de ter fé... e até meu menininho não voltar pros meus braços continuarei assim... sem rumo certo, andando por caminhos incertos, em trevas... meus olhos enevoados só conseguem olhar pra trás... meu filho, que falta você me faz.

Ontem meu doce, adorado, amado e que era pra ser pra sempre meu marido não aguentou mais... foi embora.

E eu que achava que estava fingindo bem demais... agora acho que era ele quem é o bom fingidor da família... ex-família... porque só sobrou eu.

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